23 de nov. de 2012

adendo à qualquer subjetividade

(o motor fundamental de toda ilusão e não-ilusão e desilusão

é nada mais que uma pequena parte de todo o resto
infinidade de motores
organizados em diferentes níveis de entendimento)

se

se alguma coisa existisse
ela seria assim
nem o tarde
nem o triste
o mundo seria assim

sem ontem sem onde sem nada
como hoje
seria como não pudemos fazê-la
se alguma coisa existisse

17 de nov. de 2012

não consigo

Mundo é como mundo é
A vida não me fez mago
E nem me fez muito
Não posso te proteger do universo
Nao consigo te proteger nem de mim
Universo e eu
Que insistimos em te consumir
O que me consome junto
E quem mais você conhece também
Todo mundo sugado e jogado de cara na parede caiada da realidade:
o nada existir, a falta de causalidade, destino ou justiça
(justiça: conceito bobo das gentes)

Eu queria te ser só calmaria
Você deitada flutuando num rio eterno de leite e mel
Mas mundo é como mundo é.