Eis o caminho, do Verbo à despedida
nos limites do esperma
eu ganhei a corrida
e na divisa do útero
com meus dedinhos e mãos
por 9 meses sonhei...
Como as coisas serão?
Agora as bordas do mundo
que na verdade não as tem.
O meu sono é profundo
na província do berço
que me contém
chega o limite da mente
com o da mente de outro
discuto por discutir
e as vezes tô rouco
os limites do corpo
com os de outra pessoa
tudo vai correr bem
se ela for boa
é a minha mulher
sempre a quero querer
isto é, se ela quiser
e a moral já cansada
se limita pelo exagero
que alguns tem ao fingir
que fazem tudo com esmero
divisei-me dos bens
dividi mundo em dois
o de antes sumindo
nas bordas do depois
me ponho a pensar
que tudo valeu a pena
foi tão bonita a tempestade
quanto foi a chuva amena
os limites do chão
(ou adeus, boa sorte!)
tropecei cá em vida
e só fui me rever
nos limites da morte.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários :
Postar um comentário