odeio que todos meus amigos
te valorizam mais que eu
te querem mais que eu

odeio que todas as pessoas
não sabem quem sou eu
mas sabem de você

queria ter amigos
queria ter pessoas
queria ter você
nem precisava eu
mas só contrario há
só eu que deus me deu

pequeno poema yorkeano forçado

eu nunca mais te vi
e também porque não quis
e em segredo eu senti
que não fui mais feliz

eu nunca mais te quis
porque seus eus são verdes
mas devo admitir
que subi pelas paredes
eu subi pelas paredes

não cheguei em lugar nenhum
pelas paredes do meu quarto
deus me deu só mais um
ano de angústias farto

eu subi pelas paredes
confesso, eu confesso
que subi pelas paredes

Mas eu vou ser você
e quando a gente se ver
você vai até confundir.
E se se esquecer,
dentro de mim
vou pedir só um trago
desse copo no fim.

paz paz paz, quero paz
guerra então? tanto faz

Declarando independencia dos estados unidos de mim. A Capitania Geral da Angúsita revoltada com a união declara guerra. O imperador confuso não sabe se corre pro exílio ou se fica no trono pra ser guilhotinado.

não quero mais ser como eu sou
por Teu amor, Deus
depois de hoje juro que estou
pronto pra ser dos seus

não quero mais ficar desse jeito
que às seis horas já morreu
Você vai ver não mais defeito
nisso que chamo eu

e também não quero a dor
de saber tudo perdido
se não for muito, por favor,
não me fazer arrependido

devia ter roubado sua calcinha quando tive a chance
ela estava molhada
no bom sentido
e devia ter te entregado a carta quando tive a chance
agora rasgada
não faz sentido

ao bem-te-vi que tentou me salvar

Nunca matei ninguém
mas pássaro vira poema
e poema nunca fez bem

mas amarelo vira vermelho
e se não posso sumir
te faço de espelho

então ao Deus o que vem
pássaro não faz retificar:
eu nunca matei ninguém.

você não gosta de mim
nem sua filha gosta

e todo dia meu
parece uma crise na vida
eu acho que deus morreu
mas depois vejo saída

acordo mais ou menos
e pioro ao longo do dia
de tardezinha já quero morrer
de madrugada já te esquecia

de manhã me lembro de tudo
mas de manhã tudo é novo
pra te aguentar eu fico mudo
mas começa tudo de novo

e todo dia é uma vida
e quase sempre é seis da tarde
quando deus vem e me cega
mas depois mostra saída
e depois é liberdade

me odeio todo segundo
já nem odeio mais
todo o resto do mundo

Eu amo meu cacto
ele não me engana
eu amo meu cacto
mas nem ele me ama.

no centro da cidade
tem um apartamento vazio
e todo dia às três da tarde
alguém reclama do sentimento vazio

mas eu não sou quem arde
só sei é te esperar
e sem fazer alarde
e até já morei lá
e, juro, às três da tarde
vazio vinha a calhar