28 de out. de 2008

doo la doo dee la

do lado de lá
só sei se sou só
emaranhado no mundo de lã
e perdido sem redor.
quem te permitiu sorrir?


quem quando canta nao quer
saber o sabor do som?

e quase me cai o queixo

te ver mudar o tom.


tem peso viver de viés
ou é mais leve que a tua cruz?
não desista só porque desisti
de tentar ser aquilo que assumi.

morbidade

Será que sou o único errado? Acho muito engraçado
Porque vejo pessoas sempre histéricas ao comentar
Que um felizardo jovem foi finalmente aniquilado
Como se não fosse uma dádiva, mas algo a se lutar
E aí eu pergunto, responda ó Deus
Se não sofre ninguém, quem consola os meus?

Então faça-me o favor, desestabilize meu humor
Retire meu remédio, me jogue do sexto andar
Ou por causa do gás do prédio, me dê um lindo tumor
Daqueles que se vê na tv, pra dar às pessoas um falar
Porque eu me apego, eu gosto é do mórbido
Porque eu quis morrer e o grito não foi ouvido

Quanto mais melhor, pior é melhor
Porque não canso: adoro, amarelo e sem cor pela manhã
Bege no almoço, branco pra dormir sem dor
E um óbvio pra evitar a morte, uma luta vã
Mas eu não ligo mais, não. Já me achei caído
O amor perdeu a esperança e a vida o sentido

Mas não acredite em mim
Me tira daqui
Me salva aí, vai
Isso tem que ter fim.

17 de out. de 2008

inpramin

'in pra mim?'
-isso durou quase um mês-
'é claro, amor'
uma tentativa, duas
no máximo três
Afroxa o cinto
agora não te conheço,
não sou seu, nem você minha
és só sua
Então aproveita.
Daqui a pouco você não é de ninguém, mas é escrava
com a mesma agua que correu na veia, se lava
'sua mãe vai ligar, tá tarde, melhor irmos agora'
'pegou tudo?'
'peguei, vamo embora'

11 de out. de 2008

Clarisse em giz

Estou cansado de ser
No mais, estou indo embora.